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Lixão:

Prefeitura discute ações de apoio para catadores de lixo
O vice-prefeito e secretário da Saúde Antônio Vieira, além dos secretários da Agricultura e Meio Ambiente, Antônio Marcelino; do Planejamento e Tecnologia, Mauricio Athayde e da Administração, Gilson Nascimento, discutiram nesta terça-feira (18) com catadores do lixão de Itabuna estratégias de apoio e de inclusão social para famílias que atuam na coleta de material reciclável. A reunião teve a participação das procuradoras do Ministério Público do Trabalho, Elisiane Santos e Maria Roberta Melo da Rocha, além da presidente do Instituto de Atendimento à Família e Adolescente (Iafa), Elizabeth Soares; do engenheiro agrônomo e coordenador da Unidade de Compostagem da Ceplac, Agamenon Farias e de técnicos das secretarias municipais de Assistência Social, Educação e Desenvolvimento Urbano.
Antônio Vieira, que representou o prefeito Capitão Azevedo no encontro, adiantou que o governo quer discutir com os catadores um conjunto de propostas que assegurem melhoria das condições de trabalho, saúde e qualidade de vida das pessoas que atuam no lixão. Na oportunidade, foi discutida a estratégia para o recadastramento dos moradores da área, que vem sendo implementado pela Secretaria de Assistência Social e tem enfrentado de certa forma a resistência dos catadores, o que inclusive atrasou a entrega de equipamentos de proteção individual (EPI) e o fortalecimento do associativismo.
O secretário Antônio Marcelino falou da aproximação do governo com o Iafa e a sua preocupação com a situação dos catadores de lixo numa cidade onde são recolhidas por dia 125 mil toneladas de resíduos sólidos por dia. “Um aspecto importante e que deve ser considerado é a possibilidade de aproveitamento do lixo orgânico para a adubação e compostagem e que pode ser objeto de um projeto especifico”, argumenta.
Gilson Nascimento informou que a prefeitura já implementa ações inclusivas através do Peti e da educação de jovens e adultos, investindo agora no recadastramento das famílias para a distribuição de EPIs, o que será efetivado em duas etapas. Na primeira, atendendo às pessoas já cadastradas e numa fase complementar com o atendimento de todos os catadores após a conclusão do levantamento.
Para o secretário do Planejamento e Tecnologia, Maurício Athayde, a prefeitura vai realizar uma série de levantamentos inclusive para verificar a possibilidade de implantação de uma unidade de triagem para os catadores, desde que os mesmos assumam a operação da unidade para que ela não fique ociosa representando um desperdício para os cofres públicos.
A procuradora do MPT, Elisiane Santos, falou da preocupação com as condições das pessoas que atuam no lixão e com as alternativas para a melhoria da qualidade de vida, objeto de uma agenda que vem sendo discutida com o Governo Municipal e que será objeto de uma nova reunião nesta quarta-feira(19). “Nós queremos saber como melhorar inclusive o sistema de coleta e a remuneração dos catadores”. Já a procuradora Maria Roberta Rocha, explicou que vem analisando casos de cooperativas e associações que deram certo em outras cidades e que podem servir de referência para Itabuna.
O agrônomo Agamenon Farias observou que apenas 40% do lixo coletado tem sido aproveitado para a reciclagem, ficando de fora o lixo orgânico, que pode ser utilizado para a produção de compostagem e de alimentos, potencialmente uma fonte de renda importante para os catadores no futuro. Ele sugeriu a implantação de uma unidade de triagem no próprio lixão, o que seria o início da coleta seletiva.
Elizabeth Soares, do Iafa, apresentou um relato das ações realizadas ao longo dos últimos oito anos com os catadores e lideranças da comunidade, como Ana Cláudia Alves que falou dos entraves para a implantação da coleta seletiva na cidade, o que depende de uma conscientização da população e das dificuldades para a reativação da Cooperativa dos Catadores do Aterro Sanitário de Itabuna (Cootrasi), que pagaria preços inferiores aos do mercado pelo papelão e metal reciclável.
O catador Ricardo Soares ressaltou as dificuldades da cooperativa para a comercialização da produção e da necessidade de uma maior ajuda do poder público. Outra limitação dos catadores seria, segundo Carlos Alberto Silva, a falta de um caminhão para o transporte do material para comercialização, uma vez que o veiculo disponível está sem bateria e não tem motorista.
Texto:Kleber Torres Foto:Waldyr Gomes

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