Itabuna terá recursos do Pronasci para o Protejo
A diretora do Departamento de Políticas Sociais da Secretaria de Assistência Social, Luísa Aragão Padilha Leal, participou, semana passada, em Brasília, de uma reunião técnica do Projeto de Proteção dos Jovens em Território Vulnerável (Protejo).
Na oportunidade, foi negociada com o Ministério da Justiça a liberação de R$ 534 mil para investimento num projeto visando o atendimento de 150 jovens em Itabuna, através do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci).
O encontro teve a participação do ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto; e de representantes dos 16 municípios brasileiros com os maiores índices de vulnerabilidade juvenil.
Segundo Luísa Padilha, o Protejo prestará assistência, por meio de programas de formação e inclusão social, a jovens adolescentes expostos à violência doméstica ou urbana.
Ela explica que o trabalho terá duração de um ano, prorrogável por mais um, com 800 horas de duração e terá como foco a formação da cidadania desses jovens por meio de atividades culturais, esportivas e educacionais.
O projeto envolve o apoio de uma equipe interdisciplinar integrada por psicólogos, sociólogos, assistentes sociais e educadores, visando resgatar sua auto-estima e permitir que eles disseminem valores da cidadania e uma cultura de paz em suas comunidades.
A diretora ressalta que através de diagnósticos, deve ser identificado e eleito o Território de Paz, uma área especifica da cidade onde vai atuar o Pronasci e seus programas: “Caberá também ao município priorizar as suas ações nesta área, como por exemplo, a implantação de escolas, postos de saúde, e outras intervenções”.
Para Luisa Padilha o público alvo são os jovens de 15 a 24 anos e que estejam em pelo menos uma dessas situações: egressos do sistema prisional, expostos à violência doméstica ou urbana, em cumprimento de medidas sócio-educativas ou de penas alternativas, em situação de rua e vítimas da criminalidade, residentes em áreas de atuação do Pronasci e aglomerados urbanos que apresentem altos índices de homicídios e de crimes.
Os jovens inseridos no programa receberão uma bolsa, através de transferência direta, de R$ 100,00 mensais e em contrapartida o jovem terá presença de 75% nas oficinas, se não houver este percentual de freqüência mínima, a bolsa será cortada.
Texto: Kleber Torres Fotos: Waldir Gomes
Texto: Erivaldo Bomfim - Reportagem: Hélio Fonseca - Foto: Vinícius Borges
Saúde capacita para diagnóstico da falciforme
Enfermeiros, psicólogos, farmacêuticos e médicos participaram da I Capacitação em Falciforme, promovida pelo Centro de Referência da doença em Itabuna. A iniciativa faz parte do programa de atenção integral às pessoas portadoras da doença.
A capacitação envolveu todos os profissionais das unidades básicas de saúde do município, contando ainda com a participação de técnicos das áreas de enfermagem e farmácia, além de agentes comunitários de saúde. Foram abordados os seguintes temas: Programa de Atenção ao Doente Falciforme na cidade de Itabuna; O que é Doença Falciforme?; Atenção Primária: essencial na linha de cuidados da doença falciforme; e Conhecer a Realidade Psicofísica Social para atuar na linha do cuidado em doença falciforme.
Antes e após as palestras, os participantes tiveram a oportunidade de aplicar o pré e o pós-teste para portadores da doença. A coordenadora do projeto, a médica Tereza Cristina Cardoso, observou que a doença é hereditária e seus principais sintomas são anemia grave, olhos amarelados e fortes dores.
“O paciente quando não é acompanhado devidamente por profissionais de saúde, podem adquirir graves seqüelas”, pontuou. Tereza Cristina revelou que a Bahia, fora da África, é o local que tem o maior número de casos da doença falciforme. Segundo ela, há um desconhecimento muito grande dos profissionais de saúde.
“Por desconhecer, muitas vezes, eles não sabem identificar os fatores agravantes nem tampouco sabem lidar com o paciente a nível ambulatorial”, complementa.
Cristina informou haver uma mudança de estratégia no atendimento dos doentes falciformes, no sentido de evitar complicações, envolvendo inclusive os profissionais que atuam nas situações de emergência.
A enfermeira do Centro de Referência em Doença Falciforme, Michelle Menezes Sousa, disse que a capacitação para a equipe da atenção básica, visa promover um melhor entendimento sobre a temática, tendo em vista que estes profissionais precisam saber como melhor atender os pacientes, cujo primeiro diagnóstico é feito com o teste do pezinho.
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