Apresentações de música e dança, além de uma mostra de artesanato de diversas oficinas com aproveitamento de resíduos oferecidos pela Trifil e Penalty, marcaram a realização do 6º Seminário Integrador da Fundação Marimbeta. O evento dirigido para técnicos e educadores da fundação teve como tema Construindo Parcerias.
O presidente da Fundação Marimbeta, Geraldo Pedrassolli, destacou a importância do seminário como uma referência para direcionar o trabalho desenvolvido pela instituição que atua no atendimento a crianças e adolescentes na faixa de 7 aos 17 anos de idade.
Ele também destacou a necessidade de superação das dificuldades enfrentadas num momento de perturbação social e a importância do uso da criatividade na solução de problemas, bem como para assegurar a proteção desejada aos jovens em situação de risco social.
Palestra
O juiz da Infância e da Adolescência, Marcos Bandeira, que falou sobre o artigo IV do ECA, que estabelece a responsabilidade do estado e da família para assegurar o direto à vida, à saúde, à educação, ao lazer, à liberdade e cidania para crianças na faixa etária de 0 a 12 anos e adolescentes de 12 aos 18 anos.
Ao considerar que o homem precisa se realizar como um ser integral, ele fez um histórico dos avanços ocorridos no país ao longo dos anos, que acabaram sendo consolidados com a Constituição de 1988, resultando no estabelecimento do estado democrático de direito.
Para o juiz Marcos Bandeira o ECA não nasceu da noite para o dia, mas como resultado de um processo histórico, com avanços gradativos, com uma série de mudanças ao longo do tempo. Lembrou que hoje, Itabuna tem cerca de 25 adolescentes internados em Salvador para cumprimento de medidas socioeducativas.
Ele destacou ainda, que um problema grave e que tem de ser enfrentado, “é o da violência, que chegou a um nível insuportável.” Manifestou ainda a sua preocupação com o que classificou como epidemia de crack, que está ceifando vidas e mata um jovem a cada dois ou três dias em Itabuna.
Citou como perfil dos jovens atingidos pela violência a faixa etária dos 15 aos 21 anos, com baixa escolaridade, pobres e com envolvimento com a maconha ou crack: “O mais grave é que o estado brasileiro ainda não sabe como lidar como crack, um subproduto de baixo custo da cocaína e que é misturado com bicarbonato de sódio, mas que precisa de uma política de estado”, complementou o juiz.
Para o juiz o grande problema é o envolvimento dos jovens com a droga e os seus tentáculos, que estão em toda a parte. Como opção, defendeu a criação de comunidades terapêuticas com equipes multidisciplinares e identificação de forma prazerosa para substituir o craque, o que seria possível através da atividade artística e do esportes, “mas nada substitui a família neste processo”.
O seminário incluiu ainda palestras sobre a violência na sociedade e sobre a atuação da rede de proteção para crianças e adolescentes, que tem como referência os Centros de Referência Especializada de Assistência Social.
Texto: Kleber Torres Fotos: 17-09-2010
O presidente da Fundação Marimbeta, Geraldo Pedrassolli, destacou a importância do seminário como uma referência para direcionar o trabalho desenvolvido pela instituição que atua no atendimento a crianças e adolescentes na faixa de 7 aos 17 anos de idade.
Ele também destacou a necessidade de superação das dificuldades enfrentadas num momento de perturbação social e a importância do uso da criatividade na solução de problemas, bem como para assegurar a proteção desejada aos jovens em situação de risco social.
Palestra
O juiz da Infância e da Adolescência, Marcos Bandeira, que falou sobre o artigo IV do ECA, que estabelece a responsabilidade do estado e da família para assegurar o direto à vida, à saúde, à educação, ao lazer, à liberdade e cidania para crianças na faixa etária de 0 a 12 anos e adolescentes de 12 aos 18 anos.
Ao considerar que o homem precisa se realizar como um ser integral, ele fez um histórico dos avanços ocorridos no país ao longo dos anos, que acabaram sendo consolidados com a Constituição de 1988, resultando no estabelecimento do estado democrático de direito.
Para o juiz Marcos Bandeira o ECA não nasceu da noite para o dia, mas como resultado de um processo histórico, com avanços gradativos, com uma série de mudanças ao longo do tempo. Lembrou que hoje, Itabuna tem cerca de 25 adolescentes internados em Salvador para cumprimento de medidas socioeducativas.
Ele destacou ainda, que um problema grave e que tem de ser enfrentado, “é o da violência, que chegou a um nível insuportável.” Manifestou ainda a sua preocupação com o que classificou como epidemia de crack, que está ceifando vidas e mata um jovem a cada dois ou três dias em Itabuna.
Citou como perfil dos jovens atingidos pela violência a faixa etária dos 15 aos 21 anos, com baixa escolaridade, pobres e com envolvimento com a maconha ou crack: “O mais grave é que o estado brasileiro ainda não sabe como lidar como crack, um subproduto de baixo custo da cocaína e que é misturado com bicarbonato de sódio, mas que precisa de uma política de estado”, complementou o juiz.
Para o juiz o grande problema é o envolvimento dos jovens com a droga e os seus tentáculos, que estão em toda a parte. Como opção, defendeu a criação de comunidades terapêuticas com equipes multidisciplinares e identificação de forma prazerosa para substituir o craque, o que seria possível através da atividade artística e do esportes, “mas nada substitui a família neste processo”.
O seminário incluiu ainda palestras sobre a violência na sociedade e sobre a atuação da rede de proteção para crianças e adolescentes, que tem como referência os Centros de Referência Especializada de Assistência Social.
Texto: Kleber Torres Fotos: 17-09-2010
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