O uso diário e crônico de maconha prejudica a memória e a capacidade de se organizar e planejar ações do cotidiano ao longo da vida. Quanto maior o consumo da droga por pessoas cada vez mais jovens, mais cedo os danos neurológicos tendem a surgir.
Esse é o resultado da tese de doutorado realizado pela pesquisadora Maria Alice Fontes, do Laboratório Interdisciplinar de Neurociências Clínicas da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), com 173 dependentes da droga.
O comportamento deles foi comparado ao de 55 pessoas não usuárias, com a mesma faixa etária e o mesmo nível de escolaridade. O grupo foi submetido a avaliações cognitivas que testaram, entre outros itens, a capacidade de memorizar informações, manter a atenção, de organizar e planejar atividades do cotidiano e de controlar seus impulsos.
Entre os que habitualmente fumaram de um cigarro e meio de maconha a dois todos os dias, por ao menos uma década, apresentaram déficits de cognição. Já no grupo de dependentes que começou consumir a droga antes dos 15 anos, foi constatado déficit de atenção, da função executiva (organizacional) e controle da impulsividade.
“Isso ocorre porque o cérebro se desenvolve até os 20 anos de idade. Assim, a droga interfere mais no desenvolvimento dos jovens do aqueles que iniciaram sua experiência mais velhos”, explica Maria Alice.
Usuário recreativo
Nem todos concordam com a tese. “Estamos falando de dependentes químicos graves. Não tem a ver com maconha, mas com dependência”, diz o psiquiatra e professor livre-docente Dartiu Xavier da Silveira, também da Unifesp. De acordo com ele, a literatura médica mundial comprova que 95% dos usuários de maconha são recreativos.
“A pesquisa não está errada, mas acho que se toma a parte pelo todo”, justifica. "Se eu analisar apenas pessoas que tomam cinco doses de bebida alcoólica todos os dias, há dez anos, eu posso dizer que o álcool faz mal à saúde?”.
Apesar das divergências, Silveira concorda que o uso de psicotrópicos por jovens com menos de 20 anos causam danos neurológicos. “Nos adultos, são transitórios e reversíveis”, afirma. As informações são do Jornal da Tarde.
AE
Esse é o resultado da tese de doutorado realizado pela pesquisadora Maria Alice Fontes, do Laboratório Interdisciplinar de Neurociências Clínicas da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), com 173 dependentes da droga.
O comportamento deles foi comparado ao de 55 pessoas não usuárias, com a mesma faixa etária e o mesmo nível de escolaridade. O grupo foi submetido a avaliações cognitivas que testaram, entre outros itens, a capacidade de memorizar informações, manter a atenção, de organizar e planejar atividades do cotidiano e de controlar seus impulsos.
Entre os que habitualmente fumaram de um cigarro e meio de maconha a dois todos os dias, por ao menos uma década, apresentaram déficits de cognição. Já no grupo de dependentes que começou consumir a droga antes dos 15 anos, foi constatado déficit de atenção, da função executiva (organizacional) e controle da impulsividade.
“Isso ocorre porque o cérebro se desenvolve até os 20 anos de idade. Assim, a droga interfere mais no desenvolvimento dos jovens do aqueles que iniciaram sua experiência mais velhos”, explica Maria Alice.
Usuário recreativo
Nem todos concordam com a tese. “Estamos falando de dependentes químicos graves. Não tem a ver com maconha, mas com dependência”, diz o psiquiatra e professor livre-docente Dartiu Xavier da Silveira, também da Unifesp. De acordo com ele, a literatura médica mundial comprova que 95% dos usuários de maconha são recreativos.
“A pesquisa não está errada, mas acho que se toma a parte pelo todo”, justifica. "Se eu analisar apenas pessoas que tomam cinco doses de bebida alcoólica todos os dias, há dez anos, eu posso dizer que o álcool faz mal à saúde?”.
Apesar das divergências, Silveira concorda que o uso de psicotrópicos por jovens com menos de 20 anos causam danos neurológicos. “Nos adultos, são transitórios e reversíveis”, afirma. As informações são do Jornal da Tarde.
AE
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