Ancestralidade, identidade e resistência. Foram esses os três princípios básicos definidos pela mestra Vilma Santos Reis como necessários à construção das diretrizes curriculares da Educação Étnico-Racial na Rede Municipal de Ensino de Itabuna. A professora, que integra o grupo gestor do Programa de Educação e Profissionalização para Igualdade Racial e de Gênero (Ceafro), unidade de extensão da (Ufba), fez a afirmação durante o V Seminário Étnico-Racial promovido pela Secretaria da Educação nesta sexta-feira, dia 5.
“A não discussão de diferenças no ambiente da escola gera desigualdades. Portanto, há a necessidade de que ao lado do direito da igualdade se afirme o direito da diferença”, frisou. Fazendo uma retrospectiva da história dos negros no Brasil, desde a diáspora, passando pelos quilombos e revoltas, Vilma Reis, transformou sua palestra, numa magnífica aula sobre a cultura negra, focando as visões colônias vigentes, as feridas abertas pelo racismo e a urgente necessidade de se promover políticas públicas afirmativas.
Estelionato intelectual
Lembrando a sua própria trajetória de vida e as situações de racismo que teve que enfrentar para de se tornar uma das mais importantes estudiosas do Brasil sobre a cultura negra, Vilma Reis criticou ao que ela chamou de “estelionato intelectual na educação brasileira”, o fato de que nos livros didáticos utilizados nas escolas a história da cultura afro-brasileira e indígena ainda não terem o tratamento previsto pela Lei 10.639/03.
“Não podemos mais aceitar que negros e índios sejam tratados como minorias, carentes e esforçados. Precisamos, a partir da sala de aula, desconstruir essas visões a partir da educação infantil para que as nossas crianças não saiam sequeladas do ambiente da escola”, argumentou a mestra.
O V Seminário Étnico-Racial esteve centrado no tema “Tempos e Espaços da Diversidade no Ciclo de Formação Humana”, reunindo no auditório do Colégio Ciso educadores da Rede Municipal de Ensino com o propósito de ampliar os saberes e os fazeres docentes, visando à implementação das políticas públicas de ações afirmativas.
Os educadores itabunenses tiveram a oportunidade de debater e socializar sobre o que está sendo feito em cada unidade escolar do município, visando o cumprimento da Lei nº 10639/03 e Lei nº 11645/08, que tratam do ensino da cultura afro-brasileira e indígena. A professora Valéria Ettinger, da FTC Itabuna, falou sobre “Direito mano na Diversidade”. Socializando as boas práticas, as professoras Núbia França, Zaira Pereira, Lidiane Oliveira e Osvaldina Santos apresentaram projetos desenvolvidos na escola municipal, através de expressões artísticas, trabalho monográfico e literatura de cordel.
Por: Erivaldo Bomfim - Foto: Waldir Gomes – 05/11/2010
“A não discussão de diferenças no ambiente da escola gera desigualdades. Portanto, há a necessidade de que ao lado do direito da igualdade se afirme o direito da diferença”, frisou. Fazendo uma retrospectiva da história dos negros no Brasil, desde a diáspora, passando pelos quilombos e revoltas, Vilma Reis, transformou sua palestra, numa magnífica aula sobre a cultura negra, focando as visões colônias vigentes, as feridas abertas pelo racismo e a urgente necessidade de se promover políticas públicas afirmativas.
Estelionato intelectual
Lembrando a sua própria trajetória de vida e as situações de racismo que teve que enfrentar para de se tornar uma das mais importantes estudiosas do Brasil sobre a cultura negra, Vilma Reis criticou ao que ela chamou de “estelionato intelectual na educação brasileira”, o fato de que nos livros didáticos utilizados nas escolas a história da cultura afro-brasileira e indígena ainda não terem o tratamento previsto pela Lei 10.639/03.
“Não podemos mais aceitar que negros e índios sejam tratados como minorias, carentes e esforçados. Precisamos, a partir da sala de aula, desconstruir essas visões a partir da educação infantil para que as nossas crianças não saiam sequeladas do ambiente da escola”, argumentou a mestra.
O V Seminário Étnico-Racial esteve centrado no tema “Tempos e Espaços da Diversidade no Ciclo de Formação Humana”, reunindo no auditório do Colégio Ciso educadores da Rede Municipal de Ensino com o propósito de ampliar os saberes e os fazeres docentes, visando à implementação das políticas públicas de ações afirmativas.
Os educadores itabunenses tiveram a oportunidade de debater e socializar sobre o que está sendo feito em cada unidade escolar do município, visando o cumprimento da Lei nº 10639/03 e Lei nº 11645/08, que tratam do ensino da cultura afro-brasileira e indígena. A professora Valéria Ettinger, da FTC Itabuna, falou sobre “Direito mano na Diversidade”. Socializando as boas práticas, as professoras Núbia França, Zaira Pereira, Lidiane Oliveira e Osvaldina Santos apresentaram projetos desenvolvidos na escola municipal, através de expressões artísticas, trabalho monográfico e literatura de cordel.
Por: Erivaldo Bomfim - Foto: Waldir Gomes – 05/11/2010
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