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Infância sem racismo recebe moção de apoio


 O Deputado Federal Márcio Marinho apresentou moção de apoio à campanha do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), em parceria com a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir),Por uma infância sem racismo – valorizar as diferenças na infância é cultivar igualdades”, na Câmara Federal, ressaltando a importância do engajamento da sociedade brasileira.  

O lançamento da campanha em Salvador é um marco por ser a Bahia o estado brasileiro com maior contingente da população negra do país, salientou o deputado em pronunciamento realizado no Plenário da Casa.

Marinho disse sentir-se feliz em poder externar o seu “apoio à valorosa Campanha, cujo slogan ´Por uma infância sem racismo – valorizar as diferenças na infância é cultivar igualdades´ resume muito bem alma desta ação”.

No texto da moção, o deputado revela alguns dados salientados na campanha.   Do IBGE destaca que das 57 milhões de crianças e adolescentes que vivem no Brasil, 31 milhões são negras e cerca de 100 mil são indígenas. Das 530 mil crianças de 7 a 14 anos fora da escola, cerca de 330 mil, ou seja 62% são negras e 190 mil são brancas”, disse Marinho.

“Na Bahia, os números da mortalidade materna são preocupantes. De acordo com dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade, da Secretaria Estadual de Saúde, em 2006 foram 119,8 óbitos por 100 mil nascidos vivos. Em Salvador, segundo a Secretaria Municipal de Saúde, em 2008 a mortalidade materna atingiu a marca de 96,2 por 100 mil  nascidos vivos”, alerta o parlamentar. 

Em 2009, segundo Marinho, foram 79,5 por grupo de 100 mil, quando o máximo admitido pela Organização Mundial de Saúde são 20 casos de morte materna por grupo de 100 mil nascidos vivos e a esmagadora maioria desses casos refere-se a mulheres negras.

Discurso 
 
O Deputado Márcio Marinho (PRB/BA) pronuncia o seguinte discurso sobre a infância sem racismo.

Excelentíssimo Presidente, Excelentíssimas Deputadas, Excelentíssimos Deputados,
Sinto-me honrado em fazer uso desta Tribuna, Senhor Presidente, para externar o meu apoio à valorosa Campanha do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), em parceria com a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), cujo slogan, “Por uma infância sem racismo – valorizar as diferenças na infância é cultivar igualdades”, resume muito bem alma desta ação.

A Campanha contra o Racismo na Infância já alcança alguns estados e sinto-me feliz em dizer que já está no meu estado, a Bahia, onde foi lançada oficialmente no último dia 16 de fevereiro e lá conta com a participação de diversos movimentos que vêm ao longo dos anos lutando contra a discriminação racial e desigualdades. 

O IBGE revela que das 57 milhões de crianças e adolescentes que vivem no Brasil, 31 milhões são negras e cerca de 100 mil são indígenas. Das 530 mil crianças de 7 a 14 anos fora da escola, cerca de 330 mil, ou seja 62% são negras e 190 mil são brancas.

Na Bahia, os números da mortalidade materna são preocupantes.
De acordo com dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade, da Secretaria Estadual de Saúde, em 2006 foram 119,8 óbitos por 100 mil nascidos vivos. Em Salvador, segundo a Secretaria Municipal de Saúde, em 2008 a mortalidade materna atingiu a marca de 96,2 por 100 mil  nascidos vivos. 

Em 2009 foram 79,5 por grupo de 100 mil, quando o máximo admitido pela Organização Mundial de Saúde são 20 casos de morte materna por grupo de 100 mil nascidos vivos.
A esmagadora maioria desses casos refere-se a mulheres negras.

A Bahia, o estado de maior contingente negro do país, tem a honra de participar desta honrosa e histórica campanha nacional que deve promover um novo olhar sobre as nossas crianças, violentamente discriminadas e cruelmente preteridas em razão da cor da pele.

Senhor Presidente, Senhoras Deputadas, Senhores Deputados, acreditem, só quem sabe a dor lancinante que atravessa o coração ao ver uma criança discriminada, é quem passou por isso.
Falar da discriminação racial, sendo personagem participante dessa história é algo doloroso mas, vivenciar a continuidade disto é ainda muito mais deprimente.
É por isso que sinto-me feliz em estar aqui apresentando a presente moção de apoio, protocolada nesta Casa, como símbolo do meu engajamento e compromisso em colaborar com a efetiva realização das ações que contempla.

A Cartilha, que compõe as peças da Campanha Por Uma Infância Sem Racismo revela dados alarmantes sobre as tristes condições em que vive a maioria das nossas crianças negras, nos aflige. Dentre eles está o levantamento realizado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ): entre os mais de 30 mil casais que aguardam uma criança na fila da adoção, 37% só aceitam crianças brancas.

E 5,81%, o que representam 1 mil 764 candidatos, acolheriam um menor de pele parda; 1,91% (579 candidatos) aceita uma criança de cor negra; 1% (304 candidatos) considera a possibilidade de adotar uma criança amarela; e 0,97% (296) aceita uma criança com traços indígenas. 

Todos nós devemos abraçar esta causa. E ocupar-nos de conhecer e praticar formas de combate às iniqüidades existentes em nossa sociedade. 

É parte importante da campanha “Dez maneiras de combate aos racismo”. 
Entre elas, todas importantes e imprescindíveis, destaco esta: 

Eduque as crianças para o respeito à diferença. Só dessa forma promoveremos igualdade.
Muito obrigado, 

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