O Bolsa Renda Municipal, criado pelo
governo do prefeito Capitão Azevedo (DEM), tem uma proposta que vai muito além
do socorro imediato e assistencialista, pois a ideia é oferecer às famílias em
situação de pobreza condições para mudar verdadeiramente de vida.
Alex Almeida Santos, 28 anos, estava
desempregado e morava em condições precárias na casa do sogro. Foi cadastrado
pelo Bolsa Renda Municipal em 2010 e ficou pouco mais de um ano
recebendo o auxílio financeiro, do programa que alcança famílias pobres
ou extremamente pobres (renda per capita até R$ 140,00). Assim que
entrou no Bolsa Renda, Alex começou a fazer um curso de jardinagem, área com a
qual já possuía afinidade, e hoje o jovem tem profissão e um emprego. Portanto,
não precisa mais do Bolsa Renda Municipal.
O jovem, casado e pai de um bebê de
dois meses, diz que se sente feliz por não precisar mais da ajuda do governo
para sobreviver. Além do emprego, conseguiu se cadastrar no programa Minha
Casa, Minha Vida e hoje vive em moradia própria. “O programa pra mim não foi
uma esmola, pois abriu portas”, afirma Alex, que tem planos de fazer outros
cursos e conquistar novas oportunidades.
Dados do Instituto
de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) indicam que 76% da população baiana ganha
até um salário mínimo e um terço sobrevive graças à ajuda do Programa Bolsa
Família, do governo federal. Os números confirmam a tragédia social de um
Estado que lidera o ranking nacional da extrema pobreza, na qual estão
enquadradas as famílias que enfrentam um mês inteiro com até R$ 67,00 de renda
por pessoa.
O socorro oferecido
pelo Bolsa Família é providencial para muitos baianos, mas a dependência do
programa é um mau sinal, um indicativo de que o Estado ainda não oferece
oportunidades para que todos, ou pelo menos para que a maioria dos baianos
possa sobreviver com dignidade, contando com os recursos do próprio trabalho.
Dentro desse
cenário, o programa desenvolvido em Itabuna há três anos se destaca como um
passo importante para combater a pobreza em sua raiz, e não simplesmente
amenizá-la com um apoio financeiro. O mérito do Bolsa Renda não está no número
de beneficiários, mas sim na quantidade de ex-contemplados pelo programa, cujo
decreto de criação estabelece o período de dois anos como o máximo para alguém
receber a ajuda de custo. Durante esse tempo a família é incentivada a buscar
meios próprios de sobrevivência, principalmente a partir da frequência em
cursos de capacitação profissional viabilizados em parceria da Prefeitura com
diversas empresas e instituições. Quem se qualifica, normalmente consegue
emprego, melhora de vida e sai do perfil do programa, que cumpre assim uma
missão muito mais relevante do que se fosse apenas uma ajuda transitória e
paliativa.
PROMOÇÃO SOCIAL
Ao longo de três
anos, o Bolsa Renda Municipal já visitou 8 mil famílias em Itabuna, totalizando
cerca de 26 mil pessoas. Das famílias visitadas pelos agentes da Secretaria
Municipal de Assistência Social (SAS), 3,5 mil cumpriam os critérios do
programa, que atendeu nesse período aproximadamente 14 mil pessoas. “A
participação em cursos de capacitação é obrigatória”, salienta o secretário
Acles Dantas. O diretor de Combate à Pobreza da SAS, Márcio Abreu do Bom Conselho,
explica que, ou o beneficiário participa pessoalmente de algum treinamento, ou
indica alguém da família.
Entre os cursos já
realizados, estão os de envasamento de mel em sachê, apicultura, floricultura,
horticultura, doces caseiros, culinária, salgados, informática, artesanato com
material reciclável e tricô. No momento, são preparados os cursos de pedreiro e
carpinteiro, áreas que apresentam grande demanda em Itabuna, em razão do
crescimento do setor da construção civil, e produção de vassouras a partir do
reaproveitamento de garrafas PET.
“O importante é que
o beneficiário vislumbre no programa uma oportunidade de crescimento com
cidadania e dignidade, pois essa é a essência do Bolsa Renda Municipal”, frisa
Márcio Abreu. Ele destaca as parcerias firmadas pela Prefeitura de Itabuna para
manter os cursos destinados aos beneficiários, que envolvem órgãos como a
Ceplac, Escola Profissionalizante Zélia Lessa e Lar Fabiano de Cristo, e
diversas empresas, a exemplo de Incamilho, Microlins, Duplake, Aetech e Harmonia
Floreal.
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Anuário Estatístico 2011
A Prefeitura de Itabuna, através da
Secretaria de Planejamento e Tecnologia, acaba de lançar o Anuário Estatístico
de Itabuna 2011: ano base 2010. A publicação está disponível em PDF para download no site oficial da prefeitura. No
dia 5 de julho, o anuário será distribuído para as escolas municipais no
Encontro de Coordenadores e Diretores da Secretaria da Educação.
Segundo a coordenadora do Projeto, Selma
Lúcia Calazans, “essa publicação busca atualizar os dados e indicadores
estatísticos que, ao longo dos anos, descrevem a realidade estrutural,
econômica e social do município, constituindo uma fonte de informações sobre os
principais setores da sociedade itabunense”.
Destacando a importância de Itabuna com relação
aos municípios da região Sul da Bahia, as novas tabelas apresentam os
principais resultados do Censo 2010, permitindo ao leitor uma nova
interpretação da demografia municipal e seus efeitos econômicos.
As informações dessa edição resultam de um
levantamento de dados em órgãos público, privado e de terceiro setor, realizado
pelo Núcleo de Gestão Integrada de Projetos em parceria com a Universidade
Estadual de Santa Cruz.
www.Itabuna.ba.gov.br
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