A comunidade católica do
distrito do Rio do Engenho, em Ilhéus, comemora até este domingo (29) a festa
em louvor a Senhora Sant’Ana, padroeira desta localidade. O novenário, iniciado
no último dia 20, acontece até a noite de sábado (28), com celebrações todas as
noites, sempre às 19 horas, no Santuário de Sant’Ana, a segunda igreja rural
mais antiga do Brasil. Esse ano o tema central da festa é “Formamos a igreja
missionária vivendo em comunidade”.
O domingo (29), dia
consagrado à santa, os festejos começam à zero hora, com a alvorada festiva. Às
9h30min acontece a caminhada de fé pelas principais ruas do Rio do Engenho.
Logo depois será celebrada a missa solene, encerrando com a benção do
Santíssimo Sacramento. As comemorações também terão espaço para a festa
profana, com a apresentação de bandas regionais em um palco armado na praça do
distrito, animando os ilheenses e turistas.
História – A Igreja Nossa Senhora de Santana, localizada na comunidade do
Rio do Engenho, é considerada a segunda capela rural mais antiga do Brasil.
Antiga sesmaria de Mem de Sá, terceiro governador-geral do Brasil, o Rio do
Engenho foi a sede, a partir de 1548, do primeiro engenho de açúcar e
aguardente da Capitania. Nos dias de hoje, entretanto, a maior atração da
localidade é a Capela de Nossa Senhora de Sant’Ana, erguida pelos jesuítas em
1563. Segundo os historiadores, a capela é considerada uma das mais antigas de
que se tem notícia no Brasil. Tanto as ruínas do engenho, quanto o santuário de
Senhora Sant’Ana, se encontram tombadas pelo Instituto de Patrimônio Histórico
e Artístico Nacional (Iphan).
Já Santa Ana, ou
Sant'Ana, cujo nome é de origem hebraica que significa graça, pertencia à
família do sacerdote Aarão e seu marido, São Joaquim, pertencia à família real
de Davi. São Joaquim fora censurado pelo
sacerdote Rúben por não ter filhos. Mas Sant’Ana já era idosa e estéril.
Confiando no poder divino, São Joaquim retirou-se ao deserto para rezar e fazer
penitência. Ali um anjo do Senhor lhe apareceu, dizendo que Deus havia ouvido
suas preces. Tendo voltado ao lar, algum tempo depois Sant’Ana ficou grávida. A
paciência e a resignação com que sofriam a esterilidade levaram-lhes ao prêmio
de ter por filha Maria, aquela que havia de ser a mãe de Jesus.
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