Neymar foi um dos alvos das vaias da torcida paulista no amistoso contra a África do SulFoto: Ricardo Matsukawa/Terra
O atacante Neymar tinha tudo para transformar esta sexta-feira em um dia especial para si com a camisa da Seleção Brasileira. Atuando no palco que o próprio definiu como sua "casa" - o Estádio do Morumbi, local onde o camisa 11 costuma reinar -, o jogador era a principal esperança para massacrar a África do Sul e comandar um show em amistoso teoricamente fácil. Mas não foi bem assim: o astro decepcionou, sofreu com quedas e deixou o campo aos gritos de "pipoqueiro".
A saga negativa de Neymar no Morumbi começou ainda no primeiro tempo. O atacante mostrou que não estaria em seus melhores dias logo no início, quando errou passe fácil para Leandro Damião. Bem marcado por Siboniso Gaxa, o camisa 11 não era nem sombra do jogador que tinha nove gols em oito jogos no estádio são-paulino.
Palco de alguns recordes seus, como o 100º gol com a camisa santista e local da celebração do título paulista deste ano, o Morumbi parecia até um estádio estranho a Neymar. No primeiro tempo, quando o torcedor paulista presente já esboçava vaias e protestos à equipe, o astro santista recebeu sozinho na grande área e desperdiçou gol feito ao chutar em cima do goleiro rival.
Contudo, Neymar estava em alta com o público, que o aplaudiu após o erro inesperado e até puxou um coro de "Brasil, Brasil, Brasil". E a esperança geral era de que o camisa 11 voltaria para o segundo tempo e poderia arrebentar com o amistoso a qualquer minuto, tamanha era a confiança depositada pelos fãs em seu futebol.
Só que, na etapa complementar, Neymar voltou a enfrentar um velho fantasma: a fama de cai-cai. Se nos 45min iniciais o atacante conseguiu comover o árbitro com alguns pulos que resultaram em falta, o mesmo não se repetiu no fim do duelo. O juiz não marcou diversas faltas no camisa 11, mandou ele se levantar em outras oportunidades e revoltou as arquibancadas.
Irritados com a partida ruim de seu principal craque, os torcedores começaram com os gritos de "Neymar pipoqueiro" ainda no meio da parcial. Com a omissão e os erros do camisa 11, os berros se intensificaram e ganharam ainda mais força no fim, com praticamente todo o estádio bradando contra o astro santista. De xodó a "pipoqueiro", Neymar ainda teve tempo de deixar o gramado substituído por Arouca debaixo de vaias de mais de 50 mil pessoas.
Terra
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