O
Ministério da Saúde está investindo no diagnóstico e tratamento da Baixa Visão
através do programa Viver Sem Limites, tendo realizado recentemente um Workshop
de capacitação profissional para médicos, técnicos e gestores de saúde. Em
Itabuna, o DayHORC disponibiliza diagnóstico, tratamento e acompanhamento
especializado para Baixa Visão a partir da atuação profissional da
oftalmopediatra, especializada em Baixa Visão, Luciana Pinto de Carvalho (CRM
13714). Em muitos casos, a médica recebe pacientes referenciados por outros
médicos, clínicas e hospitais da região.
Diferentemente
do que se imagina, a Baixa Visão não é patologia, mas sim um quadro em que o
paciente apresenta um nível de visão igual ou pior que 20/60 ou campo visual
igual ou pior que 20 graus no seu melhor olho, com a sua melhor correção. “Ou
seja, a pessoa com Baixa Visão é aquela que, mesmo após tratamentos ou correção
óptica, apresenta diminuição considerável de sua função visual”, explicou a
médica oftalmologista, Luciana Pinto.
O
diagnóstico de Baixa Visão geralmente ocorre ainda nos consultórios ou em
avaliações clínicas de rotina dentro das Unidades de Saúde. Habitualmente, o
diagnóstico é concluído junto ao oftalmologista especializado em Baixa Visão,
responsável, portanto, pelo acompanhamento e prescrição de recursos ópticos.
Para este paciente, pode ser orientado o uso de óculos especiais, lupas,
sistemas telescópicos, próteses visuais, além de auxílios como bengalas e
suportes para mobiliário.
“O
oftalmologista é o responsável por prescrever estes auxílios, no entanto, o
treinamento para adaptação é normalmente realizado por pedagogos e terapeutas
especializados”, relatou Luciana Pinto.
Sobre o
Workshop de Baixa Visão, ocorrido no início de deste mês de dezembro em Recife
(PE), o DayHORC, através da Fundação Regina Cunha, foi o serviço escolhido pelo
Ministério da Saúde para realizar o treinamento. A especialista Luciana Pinto
foi a oftalmologista que integrou a ação, chamada, inclusive, durante o
treinamento, para ministrar aulas práticas no Ambulatório utilizado no
workshop.
Maior
incidência
A Baixa
Visão pode atingir pacientes de todas as idades, podendo ser congênita ou
adquirida. “O bebê pode nascer com baixa visão ou mesmo o idoso ser
diagnosticado com Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI)”, explicou a
oftalmologista.
De
acordo com a Organização Mundial da Saúde, no Brasil, a prevalência de cegueira
na população é de 0,3% e de Baixa Visão, 1,7%. Para o Ministério da Saúde, a
maior parte da população considerada cega tem, na verdade, Baixa Visão e é, a
princípio, capaz de usar sua visão para realizar tarefas. Para cada pessoa cega
há, em média, 3 ou 4 com Baixa Visão. Apesar de não haver um público-alvo, a
prevalência de doenças oculares que levam ao comprometimento da visão cresce
com o avanço da idade. As taxas maiores de cegueira e Baixa Visão são
observadas com o aumento da vida média da população.
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