A admissão de funcionários com deficiência no
Brasil há muito tempo foi regulamentado em Lei, devidamente fiscalizada pelo
Ministério Público do Trabalho com percentual obrigatório de contratações
correspondente ao porte da empresa. Na Santa Casa de Misericórdia de Itabuna,
além do cumprimento da normatização legal, a admissão de pessoas com
deficiência é fundamentada no conceito de Responsabilidade Social. Na
instituição um dos destaques é a possibilidade de progressão de carreira.
Segundo a psicóloga organizacional e gerente do
Setor de Recursos Humanos, Eneila Cerqueira, o trabalho desenvolvido junto às
pessoas com deficiência tem gerado resultados positivos na Santa Casa de
Misericórdia de Itabuna. “Inicialmente realizamos uma seleção observando as habilidades
e as competências de cada candidato à vaga, procurando posteriormente adequar o
perfil de cada um à oportunidade de desenvolvimento pessoal e profissional”.
Um dos contratados sob esta condição é o auxiliar
administrativo Clodoaldo Lelis, há dois anos lotado na Escola Técnica em Saúde.
Para Clodoaldo, que também é presidente da Fundação dos Deficientes do Sul da
Bahia (Fundesb), um dos diferenciais da Santa Casa de Itabuna é a possibilidade
de progressão na carreira.
“Está é a chance de ter reconhecimento
profissional e uma melhor remuneração financeira, já que, no geral, muitos
optam por ficar fora do mercado de trabalho ao estar recebendo o Benefício de
Prestação Continuada (BPC), preferindo receber um salário mínimo sem trabalhar
do que investir em uma profissão”, declarou Clodoaldo.
No Hospital Calixto Midlej Filho, um dos
destaques é a atuação da coordenadora de Higienização, Camila Nascimento Lima,
que foi admitida na instituição como assistente administrativa e hoje, graduada
em Administração e em fase de conclusão do curso de MBA em Gestão Hospitalar,
coordena mais de 80 funcionários no setor. “Sempre digo que só lembro que tenho
uma deficiência quando olho para meu braço, pois vivo minha vida sem fazer da
deficiência empecilho para nada. As limitações estão na cabeça de cada pessoa,
sendo pessoa com deficiência ou não”, relatou Camila.
Por - Jack Simões
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