Quem ama
não mata!
Antonio
Nunes de Souza*
A
afirmativa acima é por demais conhecida e repetida sempre pela mídia e 99% das
pessoas, que, numa análise rápida e simples, concorda plenamente, ser um
absurdo alguém amar alguma pessoa ou coisa e, barbaramente, destruí-la!
Na
verdade, para todos que apenas observam o ato e fato superficialmente, sempre
seguindo a geral opinião da culpabilidade, sem que seja feita uma conjectura em
volta do problema que, verdadeiramente, levou a pessoa a cometer essa ação
louca, barbara e grosseira, facilmente é dar esse veredito sem pestanejar, como
se fosse uma opinião condenatória e definitiva!
Eu,
como sempre, ousadamente, acompanhando durante toda minha vida a incidência
desses casos que estarrecem a sociedade, passei a procurar as verdadeiras
razões desses transloucados gestos, que, lamentavelmente, tem ampliado
estupidamente, ou, por termos uma comunicação mais eficiente, passamos a ter as
notícias cotidianamente, deixando transparecer que esse comportamento exagerado
é algo dos atuais dias. Mas, sempre aconteceram e continuarão acontecendo,
infelizmente, graças ao tal e abstrato amor!
Vale
dizer que, a sequência da minha crônica, trata-se apenas de uma opinião, sem
comprovação científica ou laboratorial, que, em nenhuma hipótese deve ser
encarada como uma verdade sobre o assunto. Se muito, fazer uma reflexão e tirar
as suas próprias conclusões!
Sabemos
todos que o amor, uma criação na mente humana, passou a ser um sentimento de
posse, que todos que praticam essa modalidade de amizade, passam a nutrir,
erroneamente, que a pessoa lhe pertence, ninguém pode ter uma intimidade mais
amiúde, as desconfianças são afloradas todos os instantes, nada de liberdades,
nem para admirar as belezas que circulam em suas voltas. Passamos a ser como as
joias, só elas podem usar e, como segurança, guardar nos cofres quando não
estão desfrutando! Então... a partir desse comportamental usado veementemente
pelos amantes (cultivadores do complicado amor), começa a aparecer o ciúme,
desconfiança, muitas vezes provocados pelas mudanças de tratamentos, limitações
de carícias e prazeres, em muitos casos as desculpas sexuais, etc., fazem com
que o parceiro ou parceira comesse a sentir que está perdendo sua “propriedade”
e, quando descobre que, efetivamente, o entusiasmo da fantasia chamada “amor”
está desaparecendo e, desastrosamente, já tem um ou uma substituta no pedaço, a
brutal reação animalesca vem torrencialmente em defesa da sua ilusória
propriedade, através do idiota pensamento: “Se não é meu ou minha, também não
vai ser de ninguém!” E aí, a coisa vai
para o brejo, através uma reação idiota e criminosa, que todos saem perdendo no
final: Um morto, um preso e o outro sozinho e traumatizado!
Assim
sendo, na minha parca e leiga opinião, não deve-se matar ninguém em nenhuma
circunstância, mas, também não podemos dizer, categoricamente, que: “Quem ama
(?), não mata!”! Pois, para essas pessoas, simplesmente, estão matando por amor,
inclusive, muitas delas praticam ou tentam o suicídio em seguida, logicamente
imaginando que, onde forem, voltaram a estar juntos!
Portando,
gostem muito, muito, muito, porém, jamais esqueça que ninguém lhe pertence e
nem você a outrem, somos pessoas que vivemos momentos de prazeres e felicidades
que, infelizmente, em muitos casos, tem algum tempo de validade!
Assim
como aprendemos a perder muitas coisas em nossas vidas, devemos aprender e
saber administrar as perdas nas afetividades!
*Escritor
– Membro da Academia Grapiúna de Letras – AGRAL- antoniodaagral26@hotmail.com
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