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No sertão, a luta diária do trabalhador na enxada

No sertão, a luta diária do trabalhador na enxada

Flávia Ventura, Amarildo e João
Os cantores e compositores mineiros João Francisco e Amarildo Silva, do grupo Cambada Mineira,  encontraram, no poeta carioca Chico Pereira o parceiro ideal para a música “Meu Recado”, mensagem que retrata a identidade e a dignidade de um humilde brasileiro, na luta diária com sua enxada, pela sobrevivência no sertão. A música foi gravada por Amarildo Silva no CD Virgem Sertão Roseano, em 2003, produção independente.
MEU RECADO
João Francisco, Amarildo Silva e Chico Pereira
Plantei meu coração nessa terra
Segui o sol, subi a serra
Senti o perfume das flores
E o sabor de todas as frutas
Sou um homem simples
Só vim dar meu recado
Plantei meu coração nesse chão
Minha identidade é o calo que trago na mão
Minha dignidade é o meu sorriso
São a herança que deixo para os meus filhos
Que este sertão já foi estrangeiro
Mas nessa enxada corre o suor de um brasileiro
Já andei nas veredas
Nas entrantes desses rios
E em sonho naveguei
Um razoável sofrer
Já lutei, me queimei em batalhas, desisti
Mas se um dia precisar de morrer, morrerei
Que este sertão já foi estrangeiro
Mas nessa enxada corre o suor de um brasileiro
      (Colaboração enviada por Paulo Peres – site Poemas & Canções)

No futebol, as decisões quase sempre são uma outra história

Messi perde o pênalti e a vontade de jogar pela seleção argentina
Pedro do Coutto
Revoltado, sem razão, com seu próprio desempenho na final de domingo contra o Chile, pela Copa América, o craque Leonel Messi, sem dúvida um dos maiores jogadores que o mundo conheceu, afirmou não jogará mais pela Seleção da Argentina. Uma surpresa. Ele esqueceu que as decisões de títulos são sempre uma outra história na trajetória esportiva, principalmente no cenário do futebol. Muito marcado pelos adversários como deveria esperar, encontrou dificuldades naturais para desenvolver seu talento, sua técnica, sua arte. Não jogou mal. Perdeu um pênalti na etapa decisiva do confronto. Mas o futebol está cheio de episódios assim.
A CAMISA PESA – O clima que envolve as grandes decisões, principalmente as internacionais é diferente da atmosfera que envolve as disputas de um clube contra outro. Messi, de fato, com a camisa argentina não é o mesmo jogador que se apresenta no Barcelona. Mas isso não é motivo para que anunciasse uma desistência que o deixa mal perante a própria população de seu país de origem.
No futebol, prevalece nos momentos mais difíceis o sentido da ocupação de espaço, principalmente nas ações defensivas. Isso porque é um dos poucos esporte em que o adversário pode interferir na atuação de outro. A história do futebol está cheia de exemplos em que a tática neutralizou a técnica e até a arte.
ALGUNS SE DESTACAM – Em partidas entre seleções tem que se considerar o peso da responsabilidade que cresce entre as equipes. Alguns jogadores se destacam pela coragem, personalidade, pela noção de comando dentro de campo enquanto outros, embora mais capazes no plano técnico, se inibem nos momentos mais fortes das decisões. Podemos citar vários exemplos de derrotados e vencedores. Mas destaco um só: o uruguaio Obdulio Varela, na final de 50 contra o Brasil.
Nosso país vivia um clima de euforia natural até, depois das vitórias de 6X1 contra a Espanha e 7X1 contra a Suécia. Com base nesse retrospecto criou-se entre nós, brasileiros o clima do já ganhou. Nada pior do que isso simplesmente porque futebol se vence no campo, no dia do confronto e não na véspera dele.
Eu estava lá no Estádio Mário Filho e assisti a derrota.
UM EXEMPLO – Com base nesse exemplo histórico todos os torcedores e jogadores de futebol devem se inspirar e encontrar em tais passagens um exemplo a ser seguido no desempenho de cada um, seja nas arquibancadas, seja nos gramados em que alguns heróis se afirmam.
Leonel Messi, um craque absoluto, a meu ver sente demais o peso da camisa da Argentina e assume para consigo mesmo uma responsabilidade maior do que aquela que motiva os atletas para as competições. Perfecionista, não admite erros e o futebol está cheio deles. Pelé, Garrincha, Nilton Santos, Puskas, Di Stefano, argentino como ele, e Cruyff erraram muitas vezes.
Nem por isso deixaram de ser atores de uma história tão eterna quanto a vida humana. Messi errou o pênalti e com isso desarmou os demais cobradores argentinos no momento derradeiro do confronto. Sobretudo porque o goleiro argentino havia defendido o primeiro chute chileno. A vitória se desenhava. Mas Messi contribuiu para transformá-la em mais uma ilusão de sua brilhante carreira.
Tudo isso é verdade, inclusive a sua superestima. Porque para ele, Messi, seu personagem não pode errar. E nada pior para o erro do que se temer que ele aconteça. Foi isso que aconteceu com Messi na noite de domingo. Porém, de qualquer forma ele mantém sua marca na história mágica do futebol que leva multidões ao delírio.

Golpe petista no crédito consignado foi inspirado no filme “Superman III”

Paulo Bernardo imitou Richard Pryor no filme Superman III
Carlos Newton
Por incrível que pareça, o esquema de corrupção que lesou milhares de servidores públicos, pensionistas e aposentados, em créditos consignados no Ministério do Planejamento, foi inspirado no roteiro de “Superman III”, uma superprodução   hollywoodiana de 1977. O filme começa com uma cena em que o vilão Ross Webster, interpretado por Robert Vaughn, conversa com um de seus assessores sobre o mistério de um desvio que está sendo aplicado na contabilidade da corporação, através da usurpação dos centavos das contas bancárias e que já desviara milhões de dólares.
Neste diálogo inicial, os personagens dizem que o golpe parece perfeito e eles jamais conseguirão descobrir que é o criminoso, a não ser que cometa algum erro…
Nesse exato momento eles escutam o barulho da derrapagem de um carro entrando no estacionamento da empresa. Chegam à janela e veem a Ferrari vermelha de um funcionário (Richard Pryor), manobrando para entrar na vaga. “É o golpista!”, dizem, e partem para detê-lo.
A VIDA IMITA A ARTE – O desvio dos centavos foi exatamente o que aconteceu no esquema montado pelo então ministro Paulo Bernardo para aproveitar o empréstimo consignado criado pelo então presidente Lula e pelo ministro da Previdência Amir Lando, senador pelo PMDB de Rondônia.
No roteiro da superprodução petista, de cada pagamento mensal dos empréstimos consignados (descontados em folha) a servidores ativos, aposentados e pensionistas, a insignificante quantia de R$ 1,00 seria destinada à empresa de consultoria Consist, que ficaria com 30 centavos e repassaria os restantes 70 centavos ao esquema de corrupção do PT.
De centavo em centavo, a galinha dos ovos de ouro do PT encheu a pança com mais de R$ 100 milhões, e o ministro Paulo Bernardo embolsou R$ 7 milhões pela excelência dos serviços prestados ao partido.
EM OUTROS MINISTÉRIOS – O esquema implantado por Paulo Bernardo no Planejamento com certeza foi disseminado por outros ministérios e órgãos da administração pública federal. Já há suspeitas de que o mesmo golpe foi aplicado no sistema de empréstimos com desconto em folha de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), conforme o jornalista Vicente Nunes noticiou no Correio Braziliense.
Não é por mera coincidência que o petista Carlos Gabas, ex-ministro da Previdência Social, está sendo investigado na Operação Custo Brasil, acusado de receber 5% da propina do esquema montado pela Consist no Ministério do Planejamento, sob o comando de Paulo Bernardo, que foi preso quinta-feira passada por ordem do juiz federal Paulo Bueno Azevedo.
Aposentados e pensionistas do INSS devem R$ 92,4 bilhões aos bancos, segundo o Banco Central. Nos 12 meses terminados em abril, esses empréstimos apontaram crescimento de 12,6%, o maior entre todas as modalidades acompanhadas pelo BC, e no Ministério do Planejamento os centavos continuam caindo na conta do PT.
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PS –
 Já ia esquecendo. A própria criação do empréstimo consignado foi considerada ilegal pela Justiça, em ação popular movida contra o ex-presidente Lula e o ex-ministro Amir Lando, que já deve estar chegando às instâncias superiores, se não ficou retida em alguma gaveta, é claro.(C.N.)

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